No Boletim Especial 1º de Maio, divulgado na sexta (30.04), o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) revela que a atual situação de precarização do mercado de trabalho e o aumento do custo dos alimentos não são consequência apenas da crise sanitária mundial, mas também estão relacionados com o projeto econômico e político implementado após o golpe de Estado de 2016.
No mercado de trabalho, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PnadC/IBGE), havia inclusive sinais de piora antes do início da pandemia. A partir da implementação das reformas trabalhista, previdenciária e do teto de gastos, medidas defendidas pelos neoliberais como solução para a economia brasileira, os problemas se intensificaram, ao invés de refluírem como prometiam os governantes.
A reforma trabalhista, que passou a valer em novembro de 2017, prometia a melhora do ambiente de negócios e a geração de milhões de empregos formais, inclusive por meio da criação dos contratos intermitentes. Bem diferente da promessa, o que se assistiu a partir de então foi o aumento do desemprego e da informalidade, queda da renda do trabalho e um movimento de precarização generalizada.
Em relação aos preços, o descontrole ocorre devido a diversas medidas executadas desde 2016, como: a redução dos estoques reguladores da Conab (Companhia Nacional de Abastecimentos); o fim do subsídio do gás e da política de valorização do salário mínimo; e o aumento das exportações de alimentos. A situação econômica do Brasil já era grave. A pandemia veio complicar o quadro.
A análise abrange a ocupação, a informalidade, o trabalho intermitente, os rendimentos, o movimento da força de trabalho, o fim da política de valorização do salário mínimo, o esvaziamento dos estoques reguladores de alimentos, os preços dos combustíveis e gás e a carestia dos produtos básicos de alimentação.
Acesse a íntegra do Boletim Especial 1º de Maio neste link
* Ascom/CTB