(Foto: blog de Rodrigo Ferraz)
A comemoração do Dia Internacional dos Direitos Humanos (10/12) foi bastante polêmica na Câmara dos Deputados em Brasília. Tudo começou já no corredor da Câmara. Ao reagir contra a fala da Deputada Maria do Rosário (PT/RS), sobre a ditadura, o Deputado Jair Bolsonaro (PP/RJ) disse que não a estuprava porque ela não merecia.
As reações a esse posicionamento seguiram na sessão da Câmara, apontado novos agravantes. De acordo com informações, Bolsonaro é militar de reserva e em 2003 repetiu a mesma ofensa à Maria do Rosário.
Essa reincidência de desrespeito à mulher, bem como sua referência ao Dia dos Direitos Humanos como “dia da vagabundagem”, impulsionou uma representação contra o deputado no Comitê de Ética.
Essa representação, apresentada pelo PT, PC do B, PSB e PSOL, peticiona a cassação do mandado de parlamentar pela quebra de decoro da Câmara. Argumenta que, de forma reincidente, Bolsonaro discrimina, induz e incita a discriminação étnica, racial e de gênero. Ficando caracterizada a ameaça velada à Rosário causando uma perseguição, incompatível com as responsabilidades do exercício parlamentar.
Enquanto o Conselho de Ética providencia um relator para o processo várias pessoas, movimentos sociais e ligados aos Direitos Humanos conclamam a população a protestar contra as atitudes de Bolsonaro. Quem se interessar pode assinar uma petição pública, que se encontra no final desta postagem.
Boas notícias
Para comemorar o Dia Internacional dos Direitos Humanos o governo brasileiro condecorou pessoas e várias instituições, que desenvolvem ações na promoção e defesa dos Direitos Humanos.
A UESB, na pessoa do vice-reitor Fábio Félix, recebeu da Presidente Dilma Rousseeff um prêmio pelo trabalho desenvolvido pelo Centro de Referências em Direitos Humanos (CRDH/UESB).
De acordo com o site da UESB o CRDH tem sede em Jequié. Foi criado em 2011, por meio da Pró-reitoria de Extensão e Assuntos e Comunitários (Proex). Desde então, oferece atendimento especializado a pessoas em situações de vulnerabilidade social e que, porventura, tenham seus direitos violados. Durante esse tempo de existência, o Centro de Referências tem contribuído para o fortalecimento da rede de promoção e proteção dos Direitos Humanos.
Os coordenadores do CRDH comemoram o prêmio, pois ele reforça a importância do trabalho social que vem sendo desenvolvido ao longo de três anos. Pelos resultados que ele apresenta e, sobretudo, pelo reconhecimento dessas ações, que significa um maior comprometimento da instituição, na construção de políticas que contribuam para a superação das desigualdades e violências – palavras de Fábio Félix.
Antonio Argolo/SINSERV