O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Jequié e Região (SINSERV) realizou na manhã de hoje, 14 de fevereiro, um ato-assembleia em adesão à paralisação nacional em defesa do piso salarial da enfermagem. A assembleia aconteceu na Câmara de Vereadores de Jequié. Em seguida, os profissionais da enfermagem caminharam por algumas ruas da cidade cobrando o pagamento do piso. O movimento foi unificado com o Sindsaúde da Bahia.
“A enfermagem é base de sustentação do Sistema Único de Saúde, o SUS, porém atravessamos os últimos anos em uma luta intensa pelo que esses profissionais merecem: reconhecimento e valorização. E não podemos mais esperar! Faremos de tudo para que a voz deles ecoem em todo o país e mostraremos a insatisfação da categoria diante dos impasses e lentidão do governo federal, do Supremo Tribunal Federal e hospitais privados em pagar o piso aos trabalhadores. O piso é lei, já foi sancionado, agora deve ser pago!” disse Venício Lucena, presidente do SINSERV.
O coordenador regional da CTB, Celso Argolo, presente na assembleia e na caminhada, disse que esse ato organizado pelo SINSERV fortalece ainda mais os profissionais da enfermagem. “Sem o sindicato, o trabalhador não poderia reivindicar seus direitos individualmente. O SINSERV está aí para reivindicar coletivamente os direitos e denunciar as agressões e os abusos que existem no ambiente de trabalho. Eu quero destacar que o piso salarial dos profissionais da enfermagem teve e ainda tem resistência de donos de clinicas, hospitais, Santas Casas, porque eles não respeitam e nem valorizam esses valorosos profissionais. Preferem pagar um valor até mais alto ao médico, mas não garantir o que está na lei aos profissionais da enfermagem. No entanto, quero parabenizar o SINSERV por estar sempre nas trincheiras de luta defendendo as trabalhadoras e os trabalhadores”, destacou.
De acordo com a lei, para enfermeiros, o piso previsto é de R$ 4.750. Para técnicos, o valor corresponde a 70% do piso, enquanto auxiliares e parteiras terão direito a 50%.
“Esses profissionais estiveram e ainda continuam na linha de frente de atendimento aos pacientes infectados pela Covid-19, dia e noite trabalhando em hospitais, em meio à insalubridade da profissão, e ainda não têm o piso salarial, que é lei, respeitado! Continuaremos na luta, pressionando, cobrando até que o piso seja pago! Uma coisa é nítida, se faltar a enfermagem em qualquer hospital e serviço de saúde, o serviço não funciona”, ressaltou Venício Lucena.