Dirigentes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Jequié e Região (SINSERV) lamentaram a morte do ex-deputado federal do PCdoB, Haroldo Lima, aos 81 anos, vítima da Covid-19, ocorrida na madrugada desta quarta-feira, 24 de março. Haroldo Lima teve atuação forte contra a ditadura militar no país.
O Presidente do SINSERV, Venicio Lucena lembrou do encontro com Haroldo e do seu legado. “Tive a oportunidade de conhecê-lo e aprender com esse camarada que sempre foi o norte da luta por uma sociedade mais justa e igualitária. Haroldo Lima presente!”.
Neide Sampaio, ex-presidente do SINSERV e atual Diretora Financeira falou sobre a dor da partida de Haroldo e o agradeceu pela contribuição que o ex-deputado e dirigente do PCdoB deu a sua formação. “Uma dor enorme tomou conta do meu coração, Haroldo Lima, mestre inspirador da luta por justiça social, pela democracia e pelo Brasil nos deixou. Deixou seu legado cravado em mim , em minha família , na militância e em muitos outros… Sou imensamente grata por ter você em minha formação , camarada. Sou grata por todo ensinamento de força , coragem e fé em um mundo melhor. Sentimentos de pesar, à família, amigos e aos camaradas. Como bem disse Loreta Valadares: ‘Iremos até onde você não foi’. Grata por tanto, Haroldo Lima. Haroldo, Presente!”
Haroldo Lima, baiano de Caetité, foi diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) no período de descoberta do pré-sal, no governo Lula. Lima foi preso na ditadura e se filiou ao MDB para conseguir se eleger, retornando ao PCdoB após a sua legalização. De acordo com o PCdoB da Bahia, Haroldo foi um sobrevivente do episódio que ficou conhecido como “Chacina da Lapa”, em 1976, que matou três dirigentes do Partido. Com a abertura política, no final da década de 1970, voltou à Bahia, mas foi novamente preso, no início da década de 1980, acusado de promover um “quebra-quebra” em Salvador, pela participação em movimentos memoráveis contra a carestia e por melhores condições de vida na capital baiana.
Ele foi eleito outras quatro vezes, já pelo PCdoB, para a Câmara Federal, tendo sido, inclusive, deputado constituinte em 1988. Atualmente, Haroldo Lima integrava o Comitê Central do PCdoB e o Comitê Estadual da Bahia.
Por conta da atuação política, foi perseguido, preso e torturado, viveu na clandestinidade e viu ser detida também a esposa, Solange Silvany, a primeira presa política da Bahia. Neste período, ingressou no Partido Comunista e contribuiu com a organização da Guerrilha do Araguaia.
Vigília virtual em homenagem a Haroldo Lima
A família de Haroldo Lima e a direção do PCdoB-BA convidam para uma vigília virtual em memória do nosso líder, nesta quarta-feira (24/03), a partir das 18h30. O ato será transmitido pelo canal no Youtube e pela página no Facebook do PCdoB da Bahia.
O momento será uma oportunidade para homenagear a linda e inspiradora trajetória de vida e luta desse nome que é a nossa grande referência. Haroldo, presente, hoje e sempre!
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