Passados 128 anos de vida republicana, a nação brasileira vê-se novamente sob a égide de uma ditadura. Desta vez disfarçada de conceitos de legalidade política e jurídica. Mesmo assim, uma ditadura que destrói conquistas e direitos da classe trabalhadora.
Aliás desde a Proclamação, em 15 de novembro de 1889, até hoje conta-se nos dedos os períodos que respiramos ares democráticos. Nesse período tinham direito ao voto somente os homens alfabetizados maiores de 21 anos.
As mulheres somente conquistaram esse direito em 1932, sob a égide da Revolução de 1930 que tirou do poder as oligarquias paulista e mineira. Mas Getúlio Vargas implantou o Estado Novo em 1937. Derrubado em 1945. A democracia surgia, mesmo tímida.
Veio o golpe de Estado de 1964, que liquidou com qualquer sonho de liberdade. Acabou em 1985 e a promulgação da Constituição em 1988 trouxe ares democráticos jamais respirados com tamanha amplitude em nossas terras.
A eleição de Luiz Inácio Lula da Silva que se inaugurou uma nova era com um projeto de desenvolvimento voltado para o mercado interno. A população viu crescer, mesmo que timidamente, a distribuição de renda.
Dilma Rousseff ganhou a eleição em 2010 e em 2014. Foi derrubada em 2016. Prevaleceu a voracidade da elite que mais uma vez virou as costas para o país e para o povo mais pobre. Mais uma vez a República ficou nas mãos de poucos que governam para poucos. Nada a comemorar.
Portal CTB – Marcos Aurélio Ruy