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Você tem Distúrbio do Déficit de Atenção?

 

 

 

Não se trata aqui de uma dessas “doenças” que o senso comum costuma julgar como “mal” da contemporaneidade, ou seja, uma espécie de enfermidade que não existia na época dos nossos avôs. O DDA (distúrbio do déficit de atenção) acomete quase um terço da população mundial.  Estudos feitos com base nas características comportamentais de alguns dos grandes gênios da nossa historia: Leonardo da Vinci, Ludwig van Beethoven, Albert Einstein e Fernando Pessoa, por exemplo, acusam fortes indícios para este diagnóstico. A pessoa com distúrbio do déficit de atenção apresenta uma redução na capacidade do lobo frontal de bloquear e/ou filtrar os estímulos ou respostas impróprias vindas das diversas partes do cérebro. Isso acentua de maneira substancial o grau de hiperatividade, impulsividade e desatenção no comportamento do indivíduo.  Pessoas que, constantemente, são taxadas de “bagunceiras”, “irresponsáveis”, “desatentas”, entre outros adjetivos, podem ser portadoras desta disfunção.    Sendo assim, é necessário que – sobretudo os pais – passem a analisar o comportamento de seus filhos de maneira mais criteriosa, já que as condutas apresentadas pelos DDAs assemelham-se bastante as de uma criança normal.  Entretanto, é preciso ficar de olho na intensidade em que tais impulsos se apresentam. Dificuldade em prestar atenção à fala dos outros, apresentar “brancos” com frequência durante uma conversa, costume de fazer várias coisas ao mesmo tempo ou dificuldades de permanecer em atividades obrigatórias de grande duração, podem ser apontados como indícios dessa patologia. Outra característica marcante do DDA clássico é o alto nível de inteligência que os portadores apresentam. A maioria deles são sujeitos de muita criatividade: diferenciam-se por sua brilhante capacidade de ter idéias, por serem inquietos e extremamente talentosos ao que se propõem fazer. Proporcionalmente falando são tão inteligentes quanto desorganizados, tão criativos, quanto irresponsáveis.   

Caso o caro leitor esteja reconhecendo alguém ou a si mesmo como um possível portador desta disfunção psíquica, é necessário que recorra imediatamente a um especialista (psicólogo ou psiquiatra) que o possa auxiliar no controle de sua impulsividade e hiperatividade, a fim de um melhor aproveitamento de suas potencialidades. Na verdade, não só o portador da disfunção, mas, toda a sociedade deveria ter um conhecimento maior do assunto, visto que, a falta de informação tem gerado inúmeros conflitos familiares por conta das excentricidades comportamentais que determinados cérebros apresentam. Portadores do TOC (transtorno obsessivo compulsivo), por exemplo, na maioria das vezes, precisam lidar com o preconceito da sociedade que não entende a necessidade do mesmo em executar certos rituais. Os esquizofrênicos e depressivos são vítimas preferências do senso comum rasteiro, os autistas são tidos como idiotas orgulhosos que não se relacionam com outros, por se sentirem superiores, e por aí vai…    Será que vamos voltar ao tempo em que a igreja mandava matar os sonâmbulos por achar que os mesmos estavam possuídos pelo demônio? E os canhotos, que tinham suas mãos decepadas por se diferenciarem da maioria? Graças à ciência não precisamos mais nos submeter à ignorância.

  

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