Por: Monalisa Leal – A Tribuna da Bahia.
A festa Jequié Sunset, que aconteceu neste último domingo (25/12), na cidade de Jequié, há 360 km de Salvador, acabou em agressão e revolta para a família da psicóloga Maria Carolina Sampaio.
Segundo ela, ao final da última banda, enquanto conversava com alguns amigos, um dos seguranças se aproximou e, de forma autoritária, pediu para que o grupo deixasse o local.
“Eu, pedi para esperar um pouco porque meu marido estava distante e ele vinha em minha direção. Foi quando tudo começou. Eles começaram a empurrar meu cunhado com força e gritar comigo e com minha irmã: ‘anda, vagabunda’”, contou Carolina, que ficou em estado de choque.
“Eles derrubaram meu cunhado no chão e começaram a chutar. Em seguida dei conta que minha irmã estava sendo agredida e logo depois vieram em cima de mim. Tentaram socar meu rosto. Me puxaram pelo braço a força e tentaram me imobilizar. Foram pra cima da minha irmã, socaram o rosto dela de murro”, completou a psicóloga.
Carolina conta que no momento em que seu marido tentou defendê-la, apareceram mais 10 ‘seguranças’ e se identificaram como policiais militares e, a partir daí, a confusão foi ainda maior. O grupo espancou o marido e o cunhado de Maria Carolina.
“Derrubaram meu marido no chão e chutaram ele. Chutaram a cabeça do meu marido e de meu cunhado. A costela, o braço. Eu só ouvia: ‘vocês vão morrer’. Nunca tive tanto medo na vida”, desabafou.
A irmã de Maria Carolina, a advogada Maria Clara Sampaio está com a boca desfigurada e o tórax bastante machucado. O cunhado e marido de Maria Carolina têm hematomas pelo corpo.
A Tribuna da Bahia Online tentou contato com a equipe de seguranças da festa, mas não foi atendida.
Solidariedade do SINSERV
A diretoria do SINSERV vem manifestar solidariedade à Dra. Maria Clara Sampaio (Advogada do sindicato) e às demais vítimas da agressão policial ocorrida numa festa social em Jequié, final de semana.
O corrido causou não apenas hematomas e traumas psicológicos nas vítimas, mas também mostra a violência descabida e o despreparo desses policiais que deveriam dar seguranças às pessoas.
É inadmissível que ainda temos que passar por esse tipo de constrangimento numa cidade onde quase todos se conhecem e deveriam, no mínimo, ter o respeito e a capacidade de diferenciar quem é bandido e quem é pessoa de bem.
Esses agressores precisam ser punidos até mesmo por uma questão de justiça.