A siderúrgica FerroBahia foi tema de debate na Câmara de Vereadores de Jequié na noite de ontem (13), na sessão ordinária.
As discussões se iniciaram a partir de um encaminhamento da prefeitura pedindo a prorrogação do prazo para doar o terreno para a implantação da empresa na cidade, na estrada da Barragem de pedras. Nos pronunciamentos, alguns vereadores, como Joaquim Caires (PMDB) e Luiz Britto (PP), solicitaram aos vereadores do PT (Deyvison e Wanderley) para intercederem junto ao governo estadual para remover os entraves dificultam a instalação da empresa na cidade. “Peço aos companheiros do PT para fazerem o esforço a fim de agilizar a licença para a empresa. São quase 1.000 empregos que podem ser gerados, conforme a previsão.
Por isso, sei que vocês irão se empenhar junto ao deputado estadual Isaac Cunha (PT) e demais membros do governo. O mesmo envolvimento pedimos para os deputados eleitos por Jequié”, afirmou Britto. Em sua fala, Deyvison lembrou que a empresa – que produz ferro gusa – desistiu de se implantar em Jequié devido à crise econômica mundial. Porém, ele reconhece que a legislação cria alguns obstáculos para esse tipo de investimento. “O governo do Estado, com a precaução necessária, vai apresentar projetos de lei para resolver a questão”, informou.
“Para Jequié será importante, pois temos muitas pessoas carentes e desempregadas”.Por sua vez, Wanderley fez questão de dizer que na época da desistência da empresa “tentaram responsabilizar o governador” injustamente. “O governo estadual tem todo interesse na instalação dessa indústria, porém, não podemos menosprezar o perigo do impacto ambiental”, alertou. “Como sabemos – prossegue o vereador – que o eucalipto leva de cinco a oito anos para ficar em condição de ser utilizado como madeira nos fornos, eu pergunto: de onde virá a lenha para abastecer as fornalhas da FerroBahia?”
Por Gidasio Silva