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Secretário de Segurança Pública da Bahia se recusa a negociar com PM em greve

O secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, voltou a afirmar na manhã desta sexta-feira (03) que não vai dialogar com os mais de 10 mil policiais militares grevistas em Salvador.  

Nesta sexta-feira deve acontecer uma reunião entre o secretário e representantes de associações de PMs para discutir a greve, iniciada na terça-feira (31) e liderada pela Associação dos Policiais, Bombeiros e seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra-BA).

Para o Sargento Dias, a atitude demonstra a instransigência e descaso com que a categoria vem sendo tratada. “É um governo reacionário, que não dialoga com os trabalhadores e forja uma situação que não existe. A categoria está insatisfeita e isso não é de hoje”, revelou o militar. 

Dias garante que a categoria está mobilizada e arrisca que o movimento paredista pode avançar ao longo do mês. “A greve está forte, quase 80% do efetivo está mobilizado. Só voltaremos quando conseguirmos abrir um canal de diálogo”, afirmou

 

Segundo dados do movimento, a paralisação já conta com um terço da corporação e atinge as cidades do interior. A categoria, que continua acampada en frente à Assembleia Legislativa, reivindica, entre outros pontos, a criação de um plano de carreira, pagamento da Unidade Real de Valor (URV), adicionais de periculosidade e insalubridade, gratificação de atividade policial incorporada ao soldo e anistia, revisão do valor do auxílio alimentação e melhores condições de trabalho.

De acordo com informações da Secretaria de Segurança, um grupo de 150 homens da Força Nacional de Segurança está em Salvador para ajudar a reforçar o policiamento. A expectativa é que mais 500 militares da Força Nacional e do Exército cheguem à Bahia nas próximas horas para serem enviados ao interior.

 

Na última quinta-feira (02), a Justiça baiana concedeu uma liminar ao governo do Estado decretando a ilegalidade da greve e o retorno dos políciais às funções. Foi estabelecida uma multa de R$ 80 mil, por cada dia de paralisação, caso não se dê o cumprimento da decisão.

De acordo com Fábio Brito, diretor jurídico da Aspra-BA, a entidade vai recorrer da decisão. Em relação ao pagamento da multa, Brito ainda contestou o valor e disse que a quantia está fora da realidade. “Somos uma associação pequena e o que arrecadamos não chega a 10% do valor”, disse o diretor, afirmando que a Aspra ainda não foi intimada.

Fonte: CTB

 

 

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