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CTB se soma ao Movimento “Por um Brasil com juros baixos”

A CTB se somou nesta terça-feira (18) ao Movimento “Por um Brasil com juros baixos: mais empregos e maior produção”, oficialmente lançado durante um ato realizado em São Paulo, com a presença de líderes de diversos setores da sociedade. O Movimento junta-se à maioria dos brasileiros que trabalha e produz para que o Brasil gere cada vez mais riquezas e reduza suas desigualdades, assegurando o desenvolvimento social e a prosperidade econômica. 

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) inicia nesta terça-feira (18) à tarde mais uma reunião – a sétima do ano – para discutir a possibilidade de promover mais uma redução da taxa básica de juros (Selic), que está em 12% ao ano desde 31 de agosto.

Mobilização

O presidente da CTB, Wagner Gomes, participou do ato de lançamento do Movimento. Para ele, o evento desta terça-feira foi histórico, pela construção de um pacto político e social da classe trabalhadora e de setores do empresariado nacional.

Para que o Movimento seja ampliado, Wagner Gomes defendeu que a CTB se mobilize por todo o Brasil na luta contra os juros altos. “Iremos fortalecer esse movimento, por mais emprego e mais produção. É importante que sempre que houver reunião do Copom ocorra também uma ampla mobilização dos trabalhadors e dos movimentos sociais”, defendeu.

João Batista Lemos, secretário adjunto de Relações Interncionais da CTB, também acompanhou o ato em São Paulo. Ele ratificou as palavras de Wagner Gomes e acrescentou que “é necessário fortalecer a indústria de transformação no país e desenvolver o mercado interno, orientado pela proposta que a CTB defende de um projeto nacional de desenvolvimento com valorização do trabalho, soberania nacional e aprofundamento da democracia”.

No total, mais de 700 pessoas, entre líderes sindicais, intelectuais, empresários e representantes de entidades da sociedade civil já assinaram o Manifesto. Para participar, acesse http://www.brasilcomjurosbaixos.com.br/.

Taxas civilizadas

Economistas que discursaram durante o lançamento do movimento afirmaram não haver justificativa para o Brasil manter a taxa básica de juros em elevado patamar. Em junho de 2009, o BC reduziu a Selic para um dígito pela primeira vez na história do país, para um patamar inédito de 9,25% ao ano.

“Não há nada que nos impeça de ter uma taxa de juros civilizada, a não ser o medo”, observou o professor do Instituto de Economia da Unicamp, Márcio Pochmann. Ele acrescentou que o fortalecimento da produção nacional e a consequente geração de emprego podem fazer com que o Brasil deixe para trás “a marca de subdesenvolvimento”.

“Esse movimento não é apenas para fazer com que o país recupere seu nível de antigamente, mas também para que cresça no próximo ano”, disse o economista, que também é presidente do Ipea, ressaltando que se não houver uma baixa da Selic, o país pode registrar um “crescimento negativo no ano que vem”.

Para o professor-doutor do Departamento de Economia da PUC-SP, Antonio Corrêa Lacerda, o grande desafio para o Brasil é tornar o Banco Central independente do governo e do mercado e ter total autonomia em suas decisões.

Ele reforçou o discurso de Pochmann de que não há justifica para a Selic a 12% ao ano. “Estamos diante de uma gravíssima crise internacional, e o Brasil precisa tomar medidas para não importar essa crise. Temos todas as condições para baixar a taxa de juros. No G20, o Brasil está entre os que têm fundamentos melhores, ao contrario de Grécia, Portugal e até mesmo EUA. Nós temos bons indicadores”, argumentou Lacerda.

Fonte: Portal CTB

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