A juíza auxiliar da corregedoria do Tribunal de Justiça (TJ), Maria Helena Lordelo, reconheceu que a existência de cobrança de propinas nos cartórios extrajudiciais da Bahia “é um problema cultural”.
O órgão abriu neste ano 73 sindicâncias para apurar denúncias contra serventuários. Destes, foram instaurados 20 processos administrativos, culminando em duas demissões e 11 suspensões.“Nos trâmites com documentos é necessário que a pessoa vá aos cartórios duas ou três vezes. A burocracia é necessária para dar veracidade aos papéis. Precisa-se chegar muita coisa para emitir determinados documentos.Fazer isso em 24 horas, em alguns casos é colocar em dúvida a veracidade disso”, explica Lordello, em entrevista ao Jornal Correio.
Ela aponta a quantidade reduzida de servidores nos cartórios como facilitador da corrupção.
Fonte: Bahia Notícias