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Casos de dengue na Bahia reduzem 75,2%

Casos de dengue na Bahia reduzem 75,2%

Febre, dores no corpo, náuseas e manchas vermelhas na pele. Estes são os principais sintomas da dengue, que, segundo  dados da  Vigilância Epidemiológica da  Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), entre 1º de janeiro e 4 de junho, atingiu 27.310 baianos. O número pode assustar, mas é 75,2% menor que o total dos casos apresentados no mesmo período de 2009, que foi de 110.173.

De acordo com a diretora da Vigilância Epidemiológica da Sesab, Alcina Andrade, o resultado se dá pelo comportamento cíclico da doença, que vai  esgotando a dimensão de pessoas suscetíveis para o sorotipo circulante – atualmente o sorotipo 2. Ela também credita à melhoria do trabalho de campo, diminuindo os índices de infestação, e à aquisição de equipamentos e capacitação dos agentes. “Foram adquiridos mais de três milhões em materiais de trabalho para os agentes de campo”, diz.

Apesar da redução dos números,  a preocupação persiste. “Este ano, não é epidêmico, mas enquanto não for controlada a reprodução do vetor, não tem como reduzir os casos. Implica a melhoria das condições sanitárias locais. São importantes as políticas públicas setoriais nos municípios, como saneamento, infraestrutura, educação e conscientização das pessoas”, explica Alcina.

Seguindo a tendência da Bahia, Itabuna, ex-campeã nacional de dengue, apresenta, de janeiro à primeira semana de junho deste ano, índices modestos se comparados aos registrados no mesmo período do ano de 2009. Ocorreram 650 casos de dengue clássica e apenas um caso confirmado da forma hemorrágica, sem morte. No ano passado, foram quase 13 mil casos, com nove mortes por dengue hemorrágica.

A coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Itabuna, Márcia Falcão, diz que ainda não tem dados para comparar o índice de infestação predial com a média de 11,7% que cravou nos primeiros seis meses de 2009.

Segundo ela, em vez de fazer o 1º ciclo de combate ao mosquito e apurar o Índice de Levantamento Rápido, a prefeitura mudou o larvicida e fez tratamento dos focos, com 280 agentes da dengue em campo e uma equipe de educação trabalhando com a população.

O município já não está em estado de emergência, mas não pode descuidar do trabalho de campo porque, de acordo com a Vigilância Epidemiológica,  a população ainda não colabora como deveria. Mesmo depois da terceira visita dos agentes da dengue, ainda há locais com focos dos mosquitos.

A Tarde.

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