As entidades sindicais SINSERV, APLB e SIND ACS/ACE decidiram unificar as pautas de luta para tratar das questões trabalhistas dos servidores públicos municipais de Jequié, além de demandas sociais. A unificação foi deliberada na reunião entre as três entidades, último dia 15/03, com o aval de vários diretores presentes que sinalizaram pontos comuns da Campanha Salarial 2018.
Ontem (20) os sindicatos cumpriram a primeira etapa de agenda conjunta. Durante a manhã, participaram de uma entrevista no programa Primeira Página da Rádio Povo, onde trataram sobre a auditoria na folha de pagamento realizada pela Prefeitura Municipal de Jequié.
Segundo informações do governo os cortes das “inconsistências” identificadas na folha dos efetivos e inativos começarão entre março e abril. A situação tem preocupado as entidades sindicais, isso já que ainda não foram apresentadas quais as “inconsistências” a serem suprimidas. Tampouco se sabe quais os critérios dos supostos cortes. Os sindicatos entendem que as conquistas salariais da categoria são amparadas em bases legais, inclusive mediante ao parecer jurídico da própria Prefeitura.
Em atenção à pauta unificada, as entidades já protocolaram um ofício ao Presidente do IPREJ para discutir os principais problemas que têm afetado os servidores. Posteriormente isso será objeto de requerimento para uma reunião com o Ministério Público.
Não à COSIP
Seguindo a ordem do dia, o expediente finalizou na Câmara de Vereadores. Apoiados pela CTB, fortaleceram a luta da população contra o projeto de Lei do Executivo que previa a instituição da Contribuição para Custeio da Iluminação Pública (COSIPE) em Jequié. A matéria não chegou a ser votada por ter sido retirada de pauta em atenção ao pedido do governo.
A sessão contou com um número expressivo de entidades sociais e pessoas da comunidade, que protestaram contra a COSIP. Em nota emitida pela CTB, apoiada por sete sindicatos com base em Jequié, Celso Argolo pediu ao Presidente da Câmara que, juntamente com os Edis, se manifestassem contra o referido projeto.
A CTB justifica que os trabalhadores já pagam uma imensa carga tributária. Isso agravou com a falta de reajustes salarial diante da terceirização e reforma trabalhista aprovada pelo governo federal. Em face da precariedade econômica enfrentada pela classe trabalhista, torna-se inviável criar uma nova contribuição em Jequié. Não à COSIP!
Por Antonio Argolo/SINSERV
Foto cedida pela diretoria