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Governo apresenta Reforma da Previdência às centrais; mudanças penalizam trabalhadores, diz CTB

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Por: Ruth de Souza – Portal CTB

Líderes de centrais sindicais, entre elas a CTB, se reúnem com Michel Temer nesta segunda-feira (5) para conhecerem a proposta final do governo de Reforma da Previdência. O encontro está marcado para a noite de hoje, no Palácio do Planalto.

O texto da reforma será apresentado nesta terça-feira (6) ao Congresso Nacional. Como previsto, a idade mínima para trabalhadores do setor público e privado se aposentarem será aumentada para 65 anos, ambos os sexos. O tempo mínimo de contribuição subiu de 15 para 25 anos. Para ter acesso ao valor completo, de acordo a nova regra de cálculo, será necessário contribuir 50 anos. Atualmente, o homem pode pedir aposentadoria aos 65 anos e a mulher aos 60. A idade para a aposentadoria compulsória também irá subir, de 70 para 75 anos.

As medidas já anunciadas, que atingem, principalmente, os trabalhadores rurais, enfrentam forte resistência das entidades, por penalizarem a classe trabalhadora. Professores e trabalhadores do campo estão entre as categorias mais prejudicadas pelas mudanças nas regras. As duas classes têm acesso ao benefício aos 60 anos, homens e 55, mulheres. A proposta, além de aumentar a idade, cria ainda uma contribuição obrigatória para trabalhadores rurais, que atualmente se aposentam após comprovação de atividade no campo.

A reforma também veta o acúmulo de benefícios e reduz o valor de pensões em 50%, numa quantidade inferior ao salário mínimo.

“Essa reforma mexe profundamente com o bolso e a saúde do nosso povo. As mudanças propostas pelo ilegítimo governo Temer, de aumento de contribuição (mínimo de 50 anos) e idade mínima de 65 anos, está recebendo um brado retumbante nas redes sociais. O governo inicia hoje uma campanha caluniosa para vender que a Previdência Pública  é o seu principal problema de caixa. Devemos nos preparar para combatê-la veementemente. Denunciar o caráter do golpe e as manobras para que o povo pague a conta da crise deve ser prioridade da luta política contra o retrocesso”, declarou o presidente da CTB, Adilson Araújo.

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