A Diretoria do SINSERV sentou-se à mesa com o executivo, manhã de hoje (06/04), na sede da Prefeitura Municipal de Jequié, para discussão dos pontos de pauta da Campanha Salarial 2015. O encontro contou com a presença de apenas dois representantes da gestão Marcelo Aguiar (Secretário de Governo) e Márcio Rafaelle (Diretor do RH).
A reunião conseguiu avançar em vários pontos da campanha, entretanto a gestão não tocou na pauta do reajuste salarial. De acordo com Marcelo, o assunto será tratado no próximo encontro a ser realizado entre os representantes dos trabalhadores e o governo municipal. A data será informada no curso da semana.
Também foi comunicado que já está sendo indicado um novo presidente para a Comissão Permanente de Negociação, cargo atualmente ocupado por Rafaelle desde o ano passado. A fala do executivo centrou-se nas conversas de sempre em elencar as dificuldades que o município apresenta, marcada pela crise econômica e política. Segundo disseram, esses fatores precisam ser analisados com o levantamento da receita municipal baseada no primeiro quadrimestre 2015. Somente após essa etapa será possível indicar o percentual relativo ao reajuste salarial.
Já o SINSERV não desconsidera o agravante da crise atual, mas argumentou que muitos desses problemas identificados durante as discussões salariais são recorrentes nas gestões do município. E todas as Prefeituras já foram advertidas pelo sindicato a evitá-los. O levantamento de informações para a elaboração do Plano de Cargos, Salários e Vencimentos (PCCV) – realizado pela comissão paritária – só confirma a omissão do poder público em resolver antigas questões administrativas, econômicas e estruturais do município de Jequié.
Portanto, ainda falta organização da folha de pessoal e uma política para coibir os acúmulos de cargos, contendo as desigualdades no tratamento dos servidores e gastos desnecessários com despesa de pessoal. Um levantamento mais apurado pode detectar que há uma minoria ganhando muito bem, enquanto a maioria dos servidores sofre com dificuldade financeira. Principalmente quando precisa esperar tanto tempo para receber o reajuste salarial, que vem fragmentado pela inflação, perca salarial e pelo aumento dos preços relativos às necessidades básicas.
E, mais uma vez, o SINSERV conclui sua participação na reunião cobrando do governo a necessidade de uma reforma administrativa no município. Até porque ações desse nível tende a contribuir não apenas para as discussões sobre reajuste salarial, mas também resolveriam os gastos desnecessários realizados pelo município.
Fotos e texto: Antonio Argolo/SINSERV