Com muito senso de humor, um grupo de 30 estudantes realizou uma verdadeira faxina na tarde de quarta-feira (19) em frente à Rede Globo, no Rio de Janeiro. Munidos de baldes, vassouras e muito sabão, enquanto limpavam a calçada em frente ao prédio da emissora, os manifestantes diziam estar varrendo a “sujeira do monopólio dos meios de comunicação no Brasil”.
Os moradores do Jardim Botânico se solidarizaram e, de maneira simpática, batiam palmas de suas janelas, incentivando a ‘limpeza”.
O ato foi organizado por entidades do movimento estudantil como a UNE, a UEE-RJ e o DCE Facha, além do apoio do Sindicato dos Petroleiros e da Frente Ampla pela Liberdade de Expressão (FALE-Rio).
Segundo Bruno Ferrari, presidente do DCE Facha, “a Rede Globo de televisão foi escolhida por ser o símbolo maior do monopólio das comunicações no Brasil”.
Semana Internacional pela Democratização dos Meios de Comunicação
A faxina fez parte das comemorações da Semana Internacional pela Democratização dos Meios de Comunicação. Ontem um showmício no Buraco do Lume, centro do Rio de Janeiro, apresentou para a sociedade a proposta de Marco Regulatório das Comunicações que esteve durante um mês aberta para consulta pública. Ela foi entregue para o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, na manhã de terça-feira (18). Agora, o movimento espera que o ministro encaminhe a proposta para o Congresso Nacional até o final do próximo mês.
Entre as propostas do novo Marco Regulatório das Comunicações, está o fim da propriedade cruzada, ou seja, a proibição de que uma única empresa seja dona de rádio, TV e jornal. Flávia Calé, presidente da União da Juventude Socialista (UJS), lembrou que “a possibilidade de propriedade cruzada só existe no Brasil”.
Dezenas de policiais militares e seguranças privados acompanharam a manifestação de hoje. Do início ao fim, o ato contou com a cobertura da Telesur, canal de televisão da América Latina com sede na Venezuela.
Segundo os organizadores, um novo ato será convocado para o início de novembro para dar continuidade à luta pela aprovação do novo Marco Regulatório das Comunicações.
Com informações: Vermelho