O escândalo
O Senado reinaugurou galeria que conta a história da Casa em 30.mai.2011 sem o episódio em que Fernando Collor (PTB-AL), hoje senador, foi retirado da Presidência da República por um impeachment. O caso ganhou ampla repercussão no mesmo dia da abertura da mostra, inclusive nos jornais “Folha de S.Paulo”, “O Estado de S. Paulo” e “O Globo”.
O local da exposição, conhecido como túnel do tempo, é um corredor situado entre a entrada do plenário do Senado e um dos locais da Casa com gabinetes de senadores. “Em 2007, às vésperas da posse de Collor no Senado, a Casa já havia retirado às referências ao caso, mas depois recuou e devolveu as imagens”, lembrou texto publicado no site da “Folha de S.Paulo” em 30.mai.2011.
A nova exposição foi elaborada pela Subsecretaria de Criação e Marketing da Casa. O fato omitido é que, em dezembro de 1992, o Senado aprovou a perda do mandato presidencial de Collor e a perda de seus direitos políticos.
Outro lado
Na tentativa de explicar a situação, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) disse que impeachment foi um “acidente” que “não deveria ter acontecido”.
A “Folha” publicou a seguinte declaração de Sarney: “Não posso censurar os historiadores que foram encarregados de fazer a história. Agora, eu acho que talvez esse episódio seja apenas um acidente e não devia ter acontecido na história do Brasil. Não é tão marcante como foram os fatos que aqui estão contados, que construíram as história e não os que de certo modo não deviam ter acontecido”.
O que aconteceu?Diante da péssima repercussão do episódio, José Sarney (PMDB-AP) mandou recolocar o impeachment de Collor (PTB-AL) na exposição sobre o Senado em 1.jun.2011 –um dia após reinaugurar a mostra e dizer que o impeachment foi um acidente. O site do jornal “O Estado de S. Paulo” publicou notícia com a decisão de Sarney em 1º.jun.2011.
Fonte: UOL