Reforçar o canal de diálogo com o governo e entregar a Agenda da Classe Trabalhadora foram os principais objetivos das centrais sindicais, que participaram, na manhã desta sexta-feira (11), de uma reunião com a presidenta Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto.
Durante a reunião, que também contou com a presença dos ministros Carlos Lupi (Trabalho) e Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), Dilma fez questão de deixar claro aos sindicalistas que manterá aberto o canal de diálogo com o movimento sindical.A presidenta aproveitou fazer uma exposição de seu programa de governo e dos eixos estruturantes. Convocou as centrais para fortalecer o debate de outros temas ligados ao desenvolvimento social como a educação e o problema do ensino médio; saúde e o péssimo atendimento oferecido à população; do desenvolvimento do nordeste e da miséria e pobreza ainda existentes. Dilma também comentou o programa Água para Todos, com o intuito de levar melhorar as condições de vida e o drama do semiarido brasileiro.Para ela, as centrais poderiam apresentar críticas que levantem propostas para esses setores.
Parceria
Wagner Gomes, presidente da CTB, destacou a importância do restabelecimento de uma mesa de negociação entre o governo e as centrais sindicais. “Esse diálogo é primordial para darmos continuidade às mudanças que o país necessita. Pontuamos as divergências com a política econômica, com redução da taxa básica de juros; a correção da tabela do Imposto de Renda de 2011; fim do Fator Previdenciário; correção das aposentadorias acima do salário mínimo” ressaltou Gomes, que participou da reunião ao lado do dirigente da CTB e deputado federal Assis Melo; e Joílson Cardoso, secretário de Política Sindical e Relações Institucionais.Os dirigentes da CTB abordaram o problema da precarização das condições de trabalho, ligada à questão da terceirização.Quanto à questão do índice de reajuste da Tabela do Imposto de Renda, a presidenta ouviu as reivindicações dos sindicalistas, que defendem 6,47%, e prometeu fazer um estudo para, posteriormente, apresentar uma proposta.A mesa de negociação também vai tratar de outros pontos apresentados pelas centrais sindicais, contidos o encontro “A Agenda da Classe Trabalhadora”, entregue nas mãos da presidenta durante a reunião. O documento foi aprovado por milhares de trabalhadores na 2º Conclat, em 1º de junho de 2010.
Assento garantido
Outra vitória para a CTB foi a garantia de assento no Conselho de Desenvolvimento Econômico (CDES). A CTB ainda não fazia parte do CDES por ser a Central mais jovem.Criado em 2003, o CDES tem o papel de colaborar na formação do juízo político do Governo, como instituição representativa da sociedade. Tendo como desafio é estabelecer o diálogo entre as diversas representações da sociedade civil a fim de e discutir as políticas públicas e propor as medidas necessárias para alavancar o crescimento do País.“A reunião foi produtiva. Reforçamos a parceria com o governo em prol da classe trabalhadora e de um desenvolvimento com distribuição de renda e valorização do trabalho. A presidenta reconheceu o apoio das centrais. Mas isso não quer dizer que vamos deixar de lutar contra o que estiver errado”, afirmou Wagner.Nesse sentido, o presidente da CTB frisou que as centrais mantêm sua divergência em relação à política macroeconômica do novo governo. “Colocamos isso na mesa e esperamos que seja discutido com a classe trabalhadora daqui por diante”, destacou.
Portal CTB
