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Lula lamenta oposição envolver Petrobras em questão política

 

O presidente Lula criticou neste domingo (17) os senadores que assinaram o requerimento para a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instalada na última sexta-feira por uma manobra da oposição. Em entrevista coletiva na Embaixada do Brasil na Arábia Saudita, Lula lamentou a tentativa de envolver a Petrobras em “questões políticas menores” em um momento importante para o crescimento da empresa.  “Eu até agora não sei o que está por trás disso.  Possivelmente alguns que assinaram estavam querendo tirar das suas costas todo esse debate que a imprensa está fazendo sobre o Senado. Outros, possivelmente, estejam preocupados com o processo eleitoral de 2010. Eu, francamente, estou preocupado em governar o Brasil e vou me dedicar a isso”, declarou o presidente.
No segundo e último dia da visita à Arábia Saudita, Lula participou da assinatura de vários acordos de cooperação, afirmando que as relações do Brasil com os países do Golfo Pérsico entraram em “uma nova era”.

Ele disse que a união entre brasileiros e sauditas pode resultar até na construção do maior pólo petroquímico do mundo, citando os investimentos de US$ 10 bilhões no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro e os US$ 20 bilhões que os árabes investem em outro pólo. De Riad, Lula segue para a China e, depois, para a Turquia.

O presidente contou aos jornalistas que na reunião que teve sábado (16) à noite com o rei Abdullah, no Palácio Real, conversou sobre a paz no Oriente Médio. Lula voltou a defender a criação de um estado palestino e manifestou seu apoio à proposta da Arábia Saudita para um acordo de paz, que envolve o reconhecimento, pelos países da região, dos estados de Israel e da Palestina.

Lula disse que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tem um papel importante a cumprir, apesar de a responsabilidade sobre um acordo na região não depender apenas de um país, mas das Nações Unidas.

Obama, segundo Lula, também deveria atuar pelo fim do bloqueio comercial a Cuba e pela reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Na opinião do presidente, só depois dessa reforma, ampliando a composição do conselho, é que devem ser escolhidos os países que passariam a integrá-lo.
 

Agência Brasil 

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