Por: Adilson Araújo – Presidente Nacional da CTB
O novo texto da PEC da Previdência, do relator Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), preposto do ilegítimo governo Temer, ensaia arranjos em mais uma investida para tentar a todo custo à aprovação da contrarreforma da Previdência.
O governo sabe das dificuldades para a aprovação da matéria, inclusive na base aliada. Contudo, mancomunado com o Presidente da câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já obteve a garantia de que a discussão começa impreterivelmente no dia 19 de fevereiro, sem ressalvas, e a votação dia 20.
Iniciado o debate em plenário, a resistência deve pautar a obstrução desse que é o maior ataque aos direitos sociais no nosso país. O governo investe as burras de dinheiro em propaganda enganosa, já reuniu com governadores, jantou com empresários, num jogo de vale tudo para ver matéria liquidada.
Embora tenham havido flexões no texto, o que podemos observar é que a proposta segue conservadora e indigesta. Seja no regime geral, seja para os servidores públicos, o governo não abre mão da contribuição mínima de 40 anos. Ficou claro que, no cenário da reforma proposta por Temer, ninguém se aposentará com menos de 75 anos.
Nesta ressaca de Carnaval, o governo trabalha para completar os 308 votos necessários e aprovar a Proposta de Emenda Constitucional 287, enquanto Rodrigo Maia, ainda que tenha externado dificuldades, insiste que a matéria deve seguir para votação.
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, declarou que ainda nesta quarta-feira de cinzas pretende se reunir com Temer e Maia, a fim de traçar estratégias para conseguir os 40 votos necessários para o texto passar na Câmara.
Ingressamos numa fase decisiva da batalha contra o desmonte da Seguridade Social. O governo investe pesado para tentar aprovar no Congresso Nacional o projeto da reforma da Previdência. Chegou a hora de nós, trabalhadores e trabalhadoras, os únicos seriamente prejudicados por essa proposta indecente, mostrar toda a nossa resistência para enterrar de vez esse projeto.