Quarta-feira (15/10), marcada por mais um dia de luta na paralisação unificada dos servidores municipais, que aguardam o recebimento do salário ainda não pago pela Prefeitura Municipal de Jequié (PMJ). Pela manhã as entidades sindicais SINSERV, SIND ACS/ACE e APLB conduziram mais uma reunião com a categoria na Câmara de Vereadores para tratar do assunto.
A assembleia iniciou com discussão favorável sobre a aprovação do orçamento da PMJ pelos vereadores, ocorrida na última terça-feira à noite. Também aproveitaram para comemorar o Dia do Professor. A Profa. Caroline Morais foi escolhida para representar os educadores e com rosas vermelhas eles foram lembrados pela sua luta e importância de exercer o ato de educar.
Os trabalhos concluiram com a decisão unanime da categoria em manter a paralisação dos serviços enquanto aguarda a liberação do salário na conta. Já no final da tarde as instituições sindicais receberam a informação de que o pagamento já estava liberado pela Prefeitura de Jequié e várias pessoas sinalizaram saques no banco. Contudo ainda faltou a folha do IPREJ, que, segundo o executivo, já está prevista para o final da manhã de quinta-feira (15).
Decisões sobre a paralisação
O motivo da paralisação dos servidores foi o não pagamento do salário, atraso de 15 dias. Mesmo com o dinheiro em conta, conforme decidido em assembleia, a paralisação prossegue até dia 17. A Justificativa é aguardar a normalização do pagamento, incluindo a liberação da folha dos inativos pelo IPREJ. Os servidores voltam a se reunir na sexta-feira para avaliar o rumo do movimento. A assembleia está marcada para às 09:00, no auditório da Terceira Visão.
Outro ponto decidido pela categoria foi uma passeata com carro de som até à Secretaria de Saúde. A intensão é fazer um ato de repúdio ao atual Secretário da pasta pelos constrangimentos causados a vários participantes do movimento paredista. Há indício de que, alguém ligado à Secretaria de Saúde, chamou a polícia para tentar intimidar a paralisação dos trabalhadores, que ocorreu em frente aos centros de saúde e contou com a conscientização da comunidade sobre o problema.
Após encerramento da assembleia um grupo numeroso de diretores sindicais e servidores concentraram em frente à Secretaria de Saúde, gritaram por respeito e em prol da legitimidade das entidades sindicais na luta dos interesses da categoria.
Os trabalhadores estavam indignados com a atitude do gestor em querer minar o movimento. “Até porque não podemos trabalhar sem receber. Na verdade o governo deveria estar mais preocupado era em resolver a situação, garantindo o pagamento em dia do salário em atraso”, protestou um servidor.