Em recente entrevista ao Jornal Primeira Página da Rádio Povo, apresentado por Wilson Novaes e Geison Dias, o presidente do Sinserv, Venicio Lucena fez um apanhado sobre o quarto dia de greve do servidores públicos municipais juntamente com os profissionais da Educação.
“Entramos no quarto dia do movimento grevista, nós começamos na quinta passada e a gente espera sensibilizar o chefe do executivo no sentido dele reabrir as negociações, visto que a gente está só reiterando de que o projeto dos 4% foi devolvido pelo poder legislativo e isso nos obrigou que a gente pudesse estar tomando essa decisão final que é a greve”, disse.
Venício evidenciou a busca por uma reabertura de diálogo com a gestão municipal.
“A gente tem tentado de todos os jeitos, inclusive a gente pede interlocução de algumas pessoas ligadas a gente para que o chefe do executivo possa nos receber. E o que a gente tem escutado é que parece que o chefe não entende o movimento e diz que é algo que é pessoal. Nunca foi pessoal. Estamos há 30 anos nessa lida. Sempre fizemos manifestações em todas as gestões que não atende aos anseios do trabalhador. O que é pessoal, o que parece ser pessoal é o ataque direto ao servidor público que continua sem reajuste, esse ano já estamos no mês de setembro e até agora a gente continua com o mesmo poder de compra do ano passado, de dois anos atrás, de três anos atrás, onde se aumenta tudo menos o vencimento do servidor”, pontua.
É preciso que o prefeito entenda que a negociação é de fundamental importância. Poder sentar, conversar e resolver é necessário para a resolução do problema dos servidores.
Nesta terça-feira (19), a base do Sinserv vai acompanhar a sessão do poder legislativo municipal, para que com a intermediação dos vereadores, o chefe executivo possa se sensibilizar com a categoria e reabrir a mesa de negociação com a categoria.
Na quarta-feira (20), haverá uma caminhada no bairro Joaquim Romão como uma parte lúdica de dizer e mostrar ao prefeito Zé Cocá que não há nada pessoal, e sim que essa é uma luta do trabalhador, decidida e deliberada em assembleia.
“O servidor não aceita esse tipo de posicionamento. O movimento é legítimo, pois o trabalho do servidor não tem preço, o trabalho do servidor tem valor, essa greve tem nome e sobrenome, respeito e valorização. O prefeito precisa entender, precisa sentar, precisa conversar, precisa estabelecer essa mesa permanente de negociação”, finaliza.