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Sensacionalismo na TV Record

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A televisão é o veículo de comunicação, que participa diretamente na formação do povo, principalmente de pessoas, cuja escolaridade é aquém das expectativas. Penetrando nas residências em todo território nacional, alegando o sagrado direito da liberdade de imprensa, vão despejando em seus programas paradoxais, toda sorte de informações, atingindo uma sociedade, que ainda não atinou para os malefícios que tem trazido esse gênero da mídia. Como a decisão de assistir qualquer espetáculo televisionado é livre, basta ligar o receptor e a enxurrada de asneiras invade os lares de pessoas, que não querem ou não tem condições de controlar o nível de espetáculo que é despejado pelos canais em todo o país.  


Recentemente um programa da TV Itapoan, mostrou um jovem sendo torturado, com requintes cruéis de violência. Sob a alegação de ser consumidor de “crack” e, supostamente, ter agredido a própria mãe, que não queria financiar o seu vício, um rapaz, afro descendeste, foi amarrado e pendurado pelos pés, ficando com a cabeça para baixo, enquanto o torturador, sadicamente, queimava todo seu corpo com uma faca, aquecida em alta temperatura. Não adiantava a vítima implorar por misericórdia, com seus gritos angustiantes; o torturador insistia, em seu objetivo tenebroso e, dando mostras de uma moral absurda, julgava, condenava e, ao mesmo tempo, aplicava a sua deturpada justiça, que, sendo transmitida pela emissora, deveria ser um exemplo para os outros consumidores de drogas.

O programa, em questão, foi ao ar no dia 10 de março de 2009, pela tarde, sendo transmitido pela emissora baiana, filiada a Rede Record de Televisão. Durante um período que vai de dez a vinte minutos, os telespectadores assistiram a uma verdadeira mostra de inconseqüências, pois, erra quem comete o ato, erra quem grava as cenas e era quem as apresenta. O apresentador frisava a ação com sensacionalismo e dava a entender que era uma atitude correta e moralizadora, necessária ao combate às drogas. Aliás, esse nefasto programa tem apresentado todo tipo de atrocidades, que vai da tortura ao linchamento. A produção aumenta o ato acontecido, repetindo, simultaneamente, diversas vezes a ação, fato, que dá a impressão ter sido a violência maior do que foi na realidade.

Esse tipo de “jornalismo” deveria ser totalmente execrado dos meios de comunicação, porque, além de imoral, pelas cenas degradantes que mostra, faz uma apologia à tortura e ao linchamento e fornece subsídios aos argumentos daqueles, que querem uma imprensa controlada pelos órgãos governamentais.

Por

J. B. Pessoa

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